30 de abril de 2011

Fernanda Victoria


Tá bom. Eu comecei a escrever sem sabe exatamente sobre o que falar. Então me deu vontade de falar sobre essa amiga minha. Então vamos lá:
Bem, eu conheci Nanda a uns 6 anos, quando eu me mudei pra cá pra Capital. E ela já era melhor amiga de Juliana, mas não falava com ninguém. Nunca entendi porque ela não saia pra brincar como a gente, nem porque ninguem parecia gostar dela, mas até aí, nunca havíamos conversado de fato. Os anos passaram, eu parei de brincar, caí no meu buraco, tentei me recuperar, voltei a me enturmar e voltei a falar com Juliana. Fernanda estava lá, no canto, como um bichinho ferido. Decidi conhecê-la melhor, para sermos mais amigas também. Por experiência própria, nunca gostei de excluir ninguém. E absurdamente, descobri nela o meu reflexo.
O que eu posso dizer? Nunca achei ninguém que fosse parecido comigo, sempre me achei única nesse lugar. Não como uma raridade, como aberração. E então aparece essa garota e eu descubro que eu posso ajudá-la da forma que ninguém me ajudou. Muitas vezes quando estou com ela me sinto egoísta por isso. É como se eu pudesse voltar ao passado, olhar pra mim sangrando no chão e falar: 'olha, eu sei que agora tá muito ruim, mas vai melhorar e a dor vai diminuir'.
Mas não sou eu. Ela passou por coisas até piores. O bullying pra ela sempre existiu, por isso ela não brincava com as outras meninas. Tento aprender a separá-la de mim, ninguém é igual e eu não morri ainda pra reencarnar, mas nossas infelicidades são muito compativeis e acho que no fim sempre vou me confudir de novo. Em algumas características somos diferentes, tem outras que ela possui, mas ainda não sabe disso.
Dá pra acreditar que eu a encorajo a enfrentar as coisas de que eu não teria coragem? Parabéns Tailana, que bela mentirosa você é ¬¬
Queria explicar melhor, mas não acho que vá conseguir. Ela é se tornou uma amiga especial pra mim. É muito inteligente, justa, perspicaz, insistente, engraçada, atrapalhada, 'estralante', bonita e não se acha nada disso. E acho que também dividimos segredos, gostos, vontades, sonhos, músicas, medos, inseguranças.. Eu principalmente, sei que tem que por as coisas ruins para fora, porque trancando-as, elas te seguram, sufocam, devoram sua liberdade. Você se sente limitado, e morrendo de alguma doença. Eu vejo que muitas vezes ela se bloqueia. Com medo, porque vivendo ela aprendeu que as pessoas vão embora, ou a rejeitam cedo ou tarde.
Tento convencê-la de que não adianta tentar evitar isso
, que a eternidade não é tão importante quanto o fato da pessoa ter simplesmente existido. Mas o medo ainda é maior que ela. Eu vejo em seus olhos, na sua alma, o medo absurdo que a sufoca, a mata, a impoe coisas que não quer fazer. Medo de escorregar e cair, medo de sentir e gritar, medo de viver e morrer.
E isso, eu não posso tirar, é algo que temos que superar sozinhos. Mas eu quero confiar no vulcão dentro do coração dela. Pode demorar uns anos, mas eu sei que ela vai conseguir.
Somos parecidas, mas ela ainda é uma pessoa melhor que eu.

Lanna

28 de abril de 2011

Mudanças.



Poxa.. É sério que passei quase 1 ano sem blog? Cararaca. Logo eu que sempre fui viciada nisso.. Acho que a culpa provavelmente seja do twitter mesmo.
Pois é. Em um ano muita coisa mudou pra mim. Acabei a escola e incrívelmente sinto uma falta terrivel dela. Sonho que vou pra aula quase toda noite, haha, que irônico. É que, acho que o ano de 2010 foi muito bom pra mim, muito melhor que outros, e surpreendentemente muito mais rápido e gostoso de se passar. Nossa galera acabou o ano reunida novamente, depois de muitos autos e baixos na nossa relação. Minha amizade com as meninas do meu condominio se fortaleceu do nada. Passei todo o ano com Juliana, e as vezes, Fernanda. Não vou entrar em detalhes porque pretendo fazer um post sobre cada uma. Mas foi ao lado delas que conheci coisas novas, momentos novos e uma agradável sensação de acolhimento. Comecei meu curso de Desing de interiores e estou muito satisfeita com meu desempenho até agora, pelo menos.
Também acabei por alastrar o que nós chamamos de 'Vicio em Tokio Hotel' nas pessoas a minha volta. Até minha mãe começou a gostar das músicas da banda! Eu me apaixonei pelo vagabundo/guitarrista/besta do Tom Kaulitz e não consigo largá-lo mais - Culpa de Juliana. Ah vá, eu também gosto do Bill *-* e do Georg e do Gustav. (CRISE DE Fà ¬¬) Enfim, também tô ouvindo mais músicas do oriente, principalmente da Coréia - Culpa de Fernanda.


Já tenho até meu dvd da banda BIGBANG que é de lá. Miley Cyrus e sua sede de liberdade também tem sido uma grande influência. O clipe que ela fez 'Cant be Tamed', é praticamente a descrição de mim. Nunca achei que fossemos parecidas, mas acho que compartilhamos esse sentimento. É. Acho que eu nunca notei o quanto eu quero ser livre e não dar satisfações. Acho que eu perdi um pouco daquele medo de comprar brigas. Se eu acredito no que estou dizendo, eu não volto atrás. Eu me conformei com meus erros. Descobri o que eu sou, me acho feia e bonita ao mesmo tempo talvez porque meus olhos não se acostumaram com o que veem. Eu sou um bicho estranho, selvagem e preso. Ninguém imagina o quão sensivel eu sou por essa imagem que eu passo.. Também não quero que eles imaginem. Também descobri que quero fugir, gritar, matar, morrer, destruir, quebrar, me jogar. Eu quero fazer toda a intensidade que eu sinto dentro de mim. Ser eu, e gostar de ser assim. Não sei quando eu me tornei tão decidida, mas uma coisa eu aprendi: além de Deus e dos meu amigos, na minha vida, ninguém pode estar acima de mim. E ninguém vai me domar.

Lanna